domingo, 28 de fevereiro de 2010

O ADEUS A MINDLIN - ELE DEIXOU-NOS SEUS LIVROS

Empresário José Mindlin morre em SP -Bibliófilo de 95 anos estava internado no Hospital Albert Einstein.
bibliófilo e empresário José Mindlin morreu na manhã deste domingo (28) no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. Mindlin, que tinha 95 anos e era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), estava internado havia um mês.

O bibliófilo era formado em direito pela Universidade de São Paulo e um apaixonado por livros. Em junho de 2009, ele doou sua biblioteca, a maior coleção particular de livros do Brasil, para a USP, transformando-a na a biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Viúvo, o empresário deixa quatro filhos, 12 netos e 12 bisnetos.
HOMEMAGEM FEITA POR MIRIAM LEITÃO EM SEU BLOG:
 http://oglobo.globo.com/economia/miriam/
Enviado por Míriam Leitão - 28.2.2010
11h25m

Mindlin: o empresário iluminista, o doador de livros

Nunca vou me esquecer da reunião da Fiesp em que, de repente, José Mindlin se aproximou e puxou assunto.
O tema na reunião da Fiesp era um pedido de empréstimos subsidiados, a proteção contra setores que não conseguiam competir com produtos importados. Sei lá. Alguma coisa assim. Na verdade, era um desses assuntos que não merecem ficar na memória, de tanta mesmice. O novo, o diferente, foi a conversa de Mindlin sobre a Semana de Arte de 22. Tive uma aula. Esqueci os outros empresários e fiquei dando atenção àquela conversa afável, cheia de novidades, de Oswald e Mário de Andrade, da publicação de A Revista que ele acabara de fazer. Sai entusiasmada e mais surpresa fiquei quando recebi em casa uma coleção de A Revista que ele me mandou.
Mindlin era doce e interessante. Mindlin era iluminado e iluminista. Mindlin era diferente
Fui algumas vezes vê-lo. Nunca perdi um minuto nessas conversas. Dele saia um fluxo, em corrente contínua, de informações sobre livros. Não havia descrente que não entrasse para a religião dele sobre livro. Guita era igual. Os dois, um par perfeito.
Anos atrás, pedi à Globonews para fazer como primeiro programa do ano uma entrevista com ele, em sua biblioteca. Naquela tarde inesquecível, eu o entrevistei junto com Paulo Marcelo Sampaio. Só que cheguei horas mais cedo. Nenhum jornalista jamais chegou tão cedo para uma entrevista. Nem saiu tão tarde. E eles me pediram para ler para eles. Eu li para ele e Guita. Às vezes tropeçava e eles, de memória, corrigiam. Li poesias de Drummond. Li vários outros trechos que eles se lembravam de cor.

Falamos da paixão por livros que embalou minha infância, me socorreu na adolescência, me acompanha vida afora. Paixão que fez Mindlin gastar um dinheiro incontável juntando livros que doou para o Brasil.

Lembro de quando ele ganhou o Faz Diferença do Globo. Há uma escada para subir ao palco do Copacabana Palace. Eu pedi às meninas do cerimonial que me dessem a honra. Desci do palco com Ancelmo - nós dois fazemos a apresentação do prêmio - e o amparamos na subida. E ele não pesava mais do que a mão de uma criança. Firme ainda aos 90 anos.
No dia da entrevista em sua casa, Guita me contou que um dia houve uma tempestade em São Paulo, ela estava sozinha em casa, e ficou preocupada: que livro salvaria se a enchente entrasse na casa?

- Que livro salvaria? perguntei
- Os poemas de Petrarca.
Manuseei o livro favorito de Guita com temor reverencial. E Mindlin abriu o livro e me mostrou que alguns poemas tinham sido censurados pela Inquisição. Os censores medievais passaram uma tinta em cima. O tempo apagou a tinta e fez reaparecerem os poemas censurados. Me contou que, certa vez, tinha ido a Praga e lá se encontrou com um professor que tinha acabado de sair da prisão decretada pelo governo comunista. O professor estava deprimido, achando que a opressão soviética nunca acabaria. E ele consolou o professor contando a história da vitória de Petrarca sobre a censura. O professor triste era Vaclav Havel, que depois governou a livre República Tcheca
Eu brinquei:
-Você me contou uma história com dois finais felizes.

O consolo no momento em que o Brasil perde o gigante dos livros é saber que ele se encontrará com sua Guita e juntos falarão os poemas de Petrarca, ou lembrarão as histórias de 22, ou pensarão juntos em como tornar o Brasil, um dia, um país de leitores.

CABE A NÓS PROFISSIONAIS CONTINUAR SEU LEGADO SOBRE LIVROS E EDUCAÇÃO.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CRIANÇAS INSATISFEITAS COM O CORPO

Fonte: http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=66312

PARA PENSAR... NOTICIA DO SITE G1 16h43min - 17/02/2010... SERÁ QUE NÃO TEMOS UMA PARCELA DE RESPIONSABILIDADE JUNTO A ESSE PÚBLICO?
ATÉ QUE PONTO NOSSAS CAMPANHAS ESCLARECEM O ASSUNTO?
QUAL O IDEAL DE BELEZA QUE PROPOMOS A SOCIEDADE?
É NECESSÁRIO IDEALIZAR UM CORPO PARA INCENTIVAR O CONSUMO DE NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS?



Pesquisa mostra que crianças e adolescentes estão insatisfeitos com o corpo
4 mil alunos da rede municipal de São José dos Campos foram ouvidos
Cuidar do cabelo, do corpo, praticar um esporte, são hábitos de uma vida saudável. O problema é quando o exagero e a insatisfação geram conflitos, e a imagem do espelho não agrada nunca. Pior ainda, é quando essa vaidade excessiva começa cedo, entre os adolescentes.
A baixa autoestima também pode desenvolver doenças sérias, como a depressão, por exemplo. Uma pesquisa da rede municipal de ensino de São José dos Campos revela que a maioria dos meninos e meninas, com idades entre nove e catorze anos, não gosta da própria aparência.
As meninas valorizam pequenos detalhes, ressaltam qualidades, são ousadas nas escolhas e seguem tendências. Nos meninos a vaidade também está presente. O que chama atenção é que isso acontece cada vez mais cedo nas crianças e adolescentes. “eu tenho que tomar banho, arrumar o cabelo, fazer maquiagem, passar batom, por brinco, pulseira”, conta Mariane de Oliveira, de 12 anos.


O problema é quando a imagem ideal não é alcançada. Talles Luques sabe bem como é isso “Começo a chorar às vezes, porque eu não gosto do jeito que eu sou gordo. Os outros ficam zoando comigo, dizendo que eu sou gordo, aí eu fico triste com isso”, admite o estudante de 11 anos.
É em ambiente escolar que muitos conflitos aparecem. Nessa vivência em grupo as comparações entre os amigos são automáticas, as brincadeiras da turma, às vezes são cruéis e levam a uma busca pela perfeição que em muitas vezes é frustrante. “Queria ser magro, mais bonito, mudar de aparência. Os outros iriam parar de zoar comigo, parar de me xingar e iriam me tratar melhor do que como me tratam agora”, completa Talles.
Estar fora dos padrões é uma das maiores cobranças dos jovens. A pesquisa aplicada na rede municipal de ensino de São José dos Campos entrevistou mais de 4 mil estudantes, meninas e meninos e revelou que 60% das alunas estão insatisfeitas com corpo, sendo que 75% estão dentro dos padrões normais de peso para a idade.

Já no caso dos meninos, 70% não gostam da forma física e mais da metade deles estão saudáveis. “Eles tem uma imagem corporal que não é a realidade, as meninas são magras, mas já reclamam que tem barrigas, os meninos querem ter um porte atlético. A preocupação é que isso pode gerar frustração, baixa autoestima, levar a transtornos alimentares como bulimia e anorexia”, Explica Virgínia Oliveira Silva, coordenadora do projeto.

Letícia Leite, mesmo estando dentro doa padrões de peso para a idade, tem certeza que é gorda e briga com a balança. "Todas as minhas amigas que tem 13 anos pesam cinquenta quilos ou menos e eu peso cinquenta e quatro quilos, aí eu me sinto mal por isso. Minha mão não quer que eu emagreça, mas meu pai fica zoando, me chamando de gordinha", conta a estudante de 13 anos.

A recomendação da psicóloga Fabiana Luckemeyer é que os pais ajudem nessa difícil fase de aceitação dos filhos. “No dia a dia do adolescente, trabalhar esse autocuidado, que seria um esporte, uma boa alimentação, elogiar, não só a aparência, mas as características pessoais do adolescente para que eles se autoafirmem”, conta Fabiana.

Os pais devem ficar atentos também aos sintomas de transtornos alimentares, citados na reportagem. Na bulimia, um dos sinais pode ser a alimentação exagerada num curto espaço de tempo seguida de vômito autoinduzido. Há também o uso indiscriminado e perigoso de laxantes e diuréticos

Na anorexia, o processo é inverso, o jovem deixa de comer por acreditar que está acima do peso, quando não está. Há uma visão distorcida do próprio corpo. Nas meninas, pode haver interrupção do ciclo menstrual e tanto nos sintomas da bulimia quanto da anorexia, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente.
COMENTEM E REPENSEM O ASSUNTO. NÃO SOMOS OS ÚNICOS RESPONSÁVEIS PELA COMUNICAÇÃO, MAS FAZEMOS PARTE DELA. SEMPRE!!!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CARNAVALX BEBIDA X DIREÇÃO = TRAGÉDIA . NÃO COMBINAM

ALGUMAS CAMPANHAS SOBRE O ASSUNTO

LA FORAhttp://lafora.com.br/wp-content/uploads/2008/03/bebida2.jpg





UM POUCO DE HUMOR . MAS TODO CUIDADO É POUCO
http://ilustraacao.files.wordpress.com/2007/11/bebida.jpg

NO CARNAVAL A LANÇA LAÇO BRANCO! LEIAM

Homens pedem, no carnaval de Recife, o fim da violência contra a mulher


FONTE: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/11/noticia_carnaval,

i=172871/HOMENS+PEDEM+NO+CARNAVAL+
DE+RECIFE+O+FIM+DA+VIOLENCIA+CONTRA+A+MULHER.shtml

Agência Brasil

Publicação: 11/02/2010 12:34
Brasília - O Instituto Papai e a Rede de Homens pela Equidade de Gênero vão levar para o carnaval de Recife o Bloco da Campanha do Laço Branco. O grupo sairá às ruas hoje (11), junto com o bloco carnavalesco Nem com uma Flor. A ideia é aproveitar o período de festa para conscientizar a população em relação ao problema da violência contra a mulher.
O grupo procura alertar, também, para o risco de aumento de agressões contra mulheres nesta época do ano, por conta de fatores como uso excessivo de bebida alcoólica.
Serão distribuídas fitas da campanha e leques com a inscrição de trechos da Lei Maria da Penha, que tornou mais severas as penas para os autores de violência doméstica, além de folders informativos.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o coordenador da campanha, Ricardo Castro, disse que protestar nas ruas, em clima de carnaval, é uma maneira de não esquecer que o quadro de violência ainda faz parte da vida de muitas mulheres.
“Nós, como homens, não podemos ser omissos em relação a qualquer tipo de agressão contra a mulher. O silêncio do homem pode gerar um ato de cumplicidade à violência contra a mulher.”

Segundo o coordenador, além de Recife, a mobilização durante o carnaval é feita em Olinda (PE) há oito anos e visa a sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.



A campanha Laço Branco existe há 20 anos, no âmbito mundial, com foco no público masculino e em parceria com institutos e organizações não governamentais feministas. A campanha foi criada em repúdio a um ato machista de Marc Lelipe, um rapaz de 25 anos que invadiu uma sala de aula na cidade de Montreal, no Canadá. Ele exigiu que os 48 homens que estavam na sala deixassem o local, permanecendo apenas 14 mulheres. Acusadas pelo rapaz de feministas, elas foram assassinadas à queima roupa.

No Brasil, as primeiras iniciativas da campanha Laço Branco foram desenhadas em 1999 e colocadas em prática em 2001, a partir da distribuição de material informativo, em parceria com organizações feministas.


COMENTEM, REPASEM E PENSEM SOBRE O ASSUNTO ESTAMOS EM 2010. NÃO DÁ MAIS PARA ACEITAR A VIOLÊNCIA

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

GAME X CORPO FEMININO . NÃO FALTAVA MAIS NADA


http://www.band.com.br/jornalismo/tecnologia/conteudo.asp?ID=260214
Da Redação da ban
Comitê de classificação de games repudia Dead or Alive Paradise


tecnologia@eband.com.br

O ESRB (comitê de classificação de software de entretenimento, na sigla em inglês), demonstrou repúdio ao game Dead or Alive Paradise, para o PSP. Segundo divulgado nesta quarta-feira (3) pelo órgão norte-americano que estabelece a censura recomendada para jogos eletrônicos, o título é permitido apenas para maiores de 18 anos por conter cenas de "voyeurismo assustador".
O game, segundo o comitê, permite aos usuários "observar mulheres adultas vestidas em biquínis curtos balançar seus seios". O texto, que explica a classificação, diz ainda que o corpo feminino é exposto em "partidas de vôlei, na piscina, na praia e na frente da câmera".

O título coloca usuários em minijogos para que ganhem créditos para comprar presentes para as personagens, ganhando confiança delas para poder aproximar a câmera nos mais diversos ângulos. "Pais e consumidores deveriam saber que o jogo contém uma quantidade razoável de ´mau gosto´ e, algumas vezes, um voyeurismo assustador", diz o texto.

"O game também contém uma noção bizarra e errônea do que mulheres realmente querem (nas condições de terem duas semanas de férias pagas em um resort em uma ilha) - o Paraíso não significa sentar de pernas abertas com fio dental em cima de troncos de árvores", completa o ESRB. Confira o trailer da versão europeia do título acima.

PARA REFLETIR... ESTA É A SOCIEDADE QUE ESTAMOS FORMANDO????

O Futebol Brasileiro precisa rever seus torcedores

O texto abaixo deve ser lido e refletido por todos que  gostam e  investem em futebol.  As duas ações ocorridas no final de ...