sexta-feira, 28 de agosto de 2009

OS 30 SEGUNDOS NA ERA DIGITAL...



ARTIGO PUBLICADO NO SITEhttp://br.hsmglobal.com/notas/43405-tv-mostra-poder-na-era-digital, DISCUTINDO O TEMA, COM MEU PARECER , ENTRE OUTROS.


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Contrariando o discurso recorrente, estudo mostra a sua eficiência deste canal de comunicação junto ao público e a força na construção de marca para anunciantes.
Contrariando o discurso recorrente de que o comercial de 30 segundos está com os dias contados, um estudo do instituto americano Advertising Research Foundation, – ARF – mostrou que este formato não só é eficiente para a construção de marcas como sua eficiência pode sim estar aumentando.
A pesquisa, que avaliou 388 cases do mercado americano, mostrou que quando se leva em conta o brand awareness, a TV ainda é a mídia mais eficaz. Segundo dados da pesquisa, enquanto o aumento da eficiência da TV foi de quase 60% entre 2004 e 2007, para a mídia impressa foi de 40% e para a online quase 20%.
E o tempo dos comerciais na TV no horário nobre cresceu nos últimos 50 anos. Em um total de 60 minutos no período mais caro da programação televisiva americana, os comerciais, que há cinco décadas ocupavam 11 minutos da programação, hoje respondem por 18 minutos. O discurso de que quem zapeia de canal em canal não absorve mensagens também é questionado. O estudo aponta que tanto quem muda de canal, quanto quem está simultaneamente em outros meios, como internet ou mesmo ao telefone, ainda absorve as mensagens, principalmente as que já foram vistas anteriormente e são reforçadas mesmo sem a atenção exclusivamente voltada para a TV.
FormatoO diretor da Central Globo de Marketing, Anco Márcio Saraiva, faz coro com a pesquisa. “O comercial de 30 segundos é o mais eficiente formato existente na mídia de massa. Alguém pode provar o contrário? Com 50 anos de história na mídia, o formato de 30 segundos mantém-se como a maior e mais importante fonte de receita da indústria da propaganda em todo o mundo. É, provavelmente, o formato mais estudado, mais pesquisado e o de maior retorno de investimento em publicidade”, destacou. Ele ressalta ainda que a TV ocupa um lugar central na vida das pessoas. “E, assim, já estabelece um profundo diferencial com os outros meios”, concluiu.
Walter Zagari, vice-presidente comercial da Record, reforçou a importância do clássico formato de 30 segundos com dados recentes do mercado publicitário brasileiro. “Ele representa mais de 80% do investimento, o que por si só já sinaliza como os profissionais de marketing e de mídia o tem como eficaz”.
Para ele, a TV continua mantendo sua posição, tanto na atração da audiência, quanto de faturamento. “Em 2008, ela teve uma participação de 59% no investimento publicitário do Brasil. Isto porque, entre outros diferenciais, possui uma enorme audiência, que vem sendo preservada. É um meio com alta cobertura, tanto geográfica como populacional. Ele possibilita formas eficientes de comunicação com movimento, imagem e áudio, que aliadas ao talento brasileiro, transformam o comercial em algo que as pessoas querem ver”, diz, acrescentando que a TV ainda proporciona cada vez mais oportunidades comerciais diferenciadas aos anunciantes.
GeografiaHenrique Casciato, diretor comercial do SBT, também destacou particularidades importantes da TV, inclusive de formatos diferentes do comercial de 30 segundos, que para ele continua eficaz. “A cobertura geográfica, o testemunhal de apresentadores e o merchandising são tão fortes que não dá para comparar com outros meios. O outdoor, por exemplo, é uma mídia regional e como toda mídia regional, a construção da marca por meio dele é demorada”, avalia.
O presidente da ABP (Associação Brasileira de Propaganda), Cyd Alvarez, acredita que o comercial de TV continua sendo básico no processo de divulgação e construção de uma marca, mas aponta fatores que interferem diretamente em seu desempenho. “Sua eficácia depende fundamentalmente do conteúdo, da ideia, do nível da produção, da adequação e do trabalho técnico de mídia combinando, inclusive, outras mídias. Mas em sua essência o comercial de 30 segundos é igual para todos. O que o torna mais eficaz, ou às vezes ‘invisível’, é o trabalho criativo diferenciado e consistente, às vezes intrigante e instigante, capaz de entreter o consumidor e passar a mensagem do anunciante”, avaliou.
FunçãoJá Ricardo Monteiro, presidente do comitê de mídia da ABA (Associação Brasileira dos Anunciantes) colocou que cada mídia tem uma função chave. “Cabe a nós, anunciantes, juntamente com nossas agências escolhermos o melhor mix de meios para entregar o conteúdo”, falou.
A pesquisadora Selma Felerico, coordenadora da área de comunicação dos cursos de pós-graduação da ESPM, acredita que o formato de 30 segundos ainda tem espaço na TV, mas que o merchandising vem ganhando relevância. “Há uma migração dentro da TV, do formato de 30 segundos para o merchandising. O comercial de 30 segundos teve um boom nos anos 80 e 90, e ainda tem espaço. A TV rapidamente conta uma história: é a caixa mágica. E no Brasil é a maior fonte de informação e única fonte de lazer para as classes menos favorecidas”, diz. Para Selma, a TV espalha uma marca rapidamente. “Mesmo se for uma marca regional, em uma TV regional. O maior problema é a verba, já que é uma mídia muito cara”, finaliza.

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