domingo, 19 de junho de 2016

Mulheres da seleção brasileira assimilaram trauma alemão melhor que os homens

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Mulheres da seleção brasileira assimilaram trauma alemão melhor que os homens


Mulheres da seleção brasileira assimilaram trauma alemão melhor que os homens

Lucas Coelho
Após o 7 a 1 para a Alemanha, a seleção brasileira masculina acreditava ter chegado ao fundo do poço. Os anos seguintes, no entanto, provaram o contrário. Menos traumáticos, mas mais emblemáticos, os resultados de 2014 para cá denunciam a situação do futebol no país: hoje, o Brasil está fora da próxima Copa do Mundo; hoje, o Brasil está eliminado da Copa América ainda na primeira fase, num grupo com Equador, Peru e Haiti. Poderia ser diferente?
Poderia, e já foi. Mesmo com todos os problemas que afligem a seleção masculina sendo absurdamente maiores na feminina, elas conseguiram sair de uma goleada igualmente embaraçosa de maneira muito mais competente.
Em 1995, as brasileiras se despediram da Copa do Mundo na Suécia ainda na primeira fase, com o último jogo sendo uma derrota por 6 a 1 sofrida para as alemãs. Não houve estardalhaço, afinal a equipe que tinha aproximadamente uma década de existência não era cercada de grandes expectativas naquela época. Logo no ano seguinte, o time fez campanha excelente em Atlanta e terminou com o 4º lugar olímpico.
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Desde então, a seleção não caiu na primeira fase de nenhuma das competições importantes (Olimpíada, Jogos Pan-americanos, Mundial e Sul-Americano). Derrotas doídas aconteceram, goleadas em amistosos e campanhas medianas também – como na última Olimpíada -, mas as mulheres não passaram mais nenhum vexame desde o chocolate alemão.
A maior derrota das meninas após 1995 foi num amistoso: 6 a 0 para os Estados Unido em 1999. Na ocasião, as norte-americanas eram as atuais campeãs olímpicas e se tornariam campeãs mundiais naquele ano – o Brasil conseguiu a terceira colocação.
Até hoje as estadunidenses são o maior algoz da seleção canarinho. Na Olimpíada de 2004, em Atenas, uma nova derrota por 2 a 1 na prorrogação rendeu a medalha de prata. O mesmo aconteceu em Pequim, quatro anos depois.
As brasileiras deram o troco duas vezes. No Mundial de 2007, o time goleou os EUA por 4 a 0 na semifinal da Copa do Mundo e depois perdeu a decisão para a Alemanha. Nos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, outra pancada em cima das rivais, com um 5 a 0 na decisão.
Nunca é demais lembrar: hoje, o Brasil está fora da próxima Copa do Mundo; hoje, o Brasil está eliminado da Copa América ainda na primeira fase, num grupo com Equador, Peru e Haiti.
Mesmo quase sem investimentos, quase sem estrutura, com salários infinitamente menores, sem categoria de base e organização praticamente amadora, as jogadoras do Brasil conseguiram deixar para trás o seu 7 a 1, que foi na verdade um 6 a 1. O time masculino, ainda não.

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