segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

cRITICA A PROPAGANDAS DE BEBIDAS E COPA

4 de outubro de 2009


Crítica: bebidas e ética na mídia da Copa


este tExto foi encontrado no blog O POETA - FONTE: http://bru-eumesmo.blogspot.com/2009/10/critica-bebidas-e-etica-na-midia-da.html E VALE A PENA REFLETIR SOBRE O ASSUNTO, AFINAL 2010 ESTA AI.


Considerada internacionalmente como um grave problema de saúde pública, a associação do consumo de álcool com festas nacionais ou mundiais (como a Copa do Mundo) está sendo criticada pela Organização Mundial de Saúde e também por especialistas brasileiros, que apontam a irresponsabilidade da propaganda nacional ao descumprir sua auto-regulamentação. Mesmo os alvos de toda essa campanha publicitária também reclamam, principalmente via Internet, dos excessos cometidos pelos publicitários, bem como do desrespeito aos hinos e símbolos nacionais de vários países cometido por programas de televisão.
Uma reunião técnica promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em Valência, Espanha, de 7 a 9/5/2002, dedicou-se a analisar a situação de mercadologia e promoção de bebidas alcoólicas para os jovens. Participaram dessa reunião 50 pessoas de 22 países, entre especialistas em mercadologia, saúde pública e comunitária, jovens dedicados à prevenção de abuso de substâncias e outros.

Aspectos do assunto discutidos nessa reunião incluíram evidências dos efeitos da propaganda de álcool sobre os jovens, práticas da indústria de álcool para promover seus produtos, o uso da Internet como instrumento de mercadologia, o impacto dos acordos de comércio globais na regulamentação da propaganda e outros.

Os técnicos reunidos nesse encontro produziram uma declaração sobre a situação global da propaganda de álcool e ações a serem tomadas. Esse documento declara que jovens, no mundo todo, vivem em ambientes caracterizados por esforços agressivos e intensos, feitos de uma forma muito bem organizada pela indústria de bebidas, para encorajar os jovens a iniciar o beber e que bebam pesadamente. No Brasil, a propaganda de álcool confirma plenamente essa afirmação, seja no uso praticamente exclusivo de modelos jovens para vender seus produtos, seja no desenvolvimento de novos produtos alcoólicos claramente voltados ao público jovem.

Ainda segundo o documento da OMS, exemplos do mundo inteiro atestaram que a indústria de álcool se vale cada vez mais de associar seus produtos com eventos esportivos, musicais e culturais, promoções baseadas na Internet e outros esforços para apresentar as bebidas alcoólicas como uma parte normal e integral das vidas e da cultura dos jovens.

E o fato é que as pesquisas apontam que os jovens tendem a responder a essa mercadologia agressiva de uma forma emocional, mudando suas crenças e expectativas em relação ao beber. Ou seja, a exposição e a apreciação que os jovens desenvolvem pelas propagandas do álcool acabam produzindo um beber mais freqüente e pesado por esse grupo populacional. A mercadologia contribui para os jovens acharem que o beber pesado é bem freqüente e essa percepção acaba criando um clima de que esse tipo de beber seja considerado normal.

O encontro da OMS também concluiu que as respostas atuais mais utilizadas mundialmente são insignificantes e inadequadas, e têm servido muito pouco para, de fato, controlar a mercadologia de bebidas alcoólicas. Em particular, a auto-regulamentação por parte dos publicitários dessa área é ineficaz. A natureza global da mercadologia requer uma resposta de nível internacional, acompanhada por esforços locais, regionais e nacionais. Dessa maneira, o documento desse encontro faz uma série de recomendações gerais à OMS, entre as quais destacam-se:



1) Tendo em conta os danos inerentes à exposição dos jovens a mercadologia do álcool e o fracasso geral da indústria do álcool na sua auto-regulamentação para limitar a mercadologia voltada aos jovens, recomenda-se que os países adotem medidas regulatórias e legislativas necessárias para assegurar que os jovens não sejam expostos às mensagens promocionais sobre o

álcool;



2) Tendo em conta que a indústria do álcool alcançou um alto nível de sofisticação no uso dos meios de comunicação para atrair e estimular os jovens a consumir bebidas alcoólicas, recomenda-se que os países aumentem a conscientização sobre essas técnicas e como desenvolver as melhores técnicas nos programas de assessoria aos meios de comunicação e contra-propaganda, assim como que estas práticas se implementem independentemente de interesses comerciais e com a participação e liderança dos próprios jovens;



3) Tendo em conta a importância das perspectivas dos jovens sobre este problema e a criatividade e conhecimento únicos que possuem sobre essa situação, recomenda-se que os jovens tenham um papel central no trabalho para liberar sua geração das ilusões criadas pela mercadologia e as promoções associadas ao álcool.
 
ESTA EM NOSSAS MÃOS CAMPANHAS MAIS CONSCIENTES....

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Futebol Brasileiro precisa rever seus torcedores

O texto abaixo deve ser lido e refletido por todos que  gostam e  investem em futebol.  As duas ações ocorridas no final de ...