quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Segmento de nutricosméticos em crescimento

Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010 - Última atualização: 15:07
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Mesmo com restrições de divulgação pela Anvisa, segmento está operando em expansão de vendas e lançamentos Compartilhar Para enviar essa notícia é preciso efetuar o login, Aqui.

Por Andrea Martins

20 de Outubro de 2010

Innéov é um dos exemplos de marcas do segmento, que cresce 17% ao ano

Os cosméticos em cápsulas, conhecidos como nutricosméticos, estão ganhando mais espaço e concorrentes no mercado brasileiro da beleza. Lançamentos recentes e aumento de vendas de produtos já consolidados confirmam que a busca pelo fim das rugas e pela juventude eterna é incessante – e, principalmente, rentável. A marca Innéov, que nasceu da união entre L'Oréal e Nestlé com seus respectivos know-hows em dermatologia e nutrição, está no Brasil há apenas dois anos (na Europa existe desde 2001). Mas comemora resultados expressivos, principalmente para o produto Fermeté, que promete melhorar o aspecto da pele.

"O Brasil já é o primeiro no ranking mundial neste produto e a L'Oréal acredita que, nos próximos três a cinco anos, o País vai ser o maior mercado de Innéov do mundo", diz Roberta Rocha, diretora de marketing do produto. A marca, que já vendia dois produtos no mercado brasileiro – Fermeté e Solar – lançou recentemente Nutri-Care, voltado para tratamento de queda de cabelo. Para o próximo ano a empresa prepara o lançamento de mais um item da família Innéov. Na Europa são 14 tipos diferentes. "É um mercado que está explodindo. Nossos consumidores são 94% mulheres, na casa de 40 anos, mas devemos ter resposta também do público masculino, principalmente com o lançamento do produto voltado para queda de cabelo", destaca Roberta.



Pele bronzeada

Pioneira no mercado brasileiro, a Ferrosan, representante da marca dinamarquesa Imedeen, vende os chamados produtos nutracêuticos desde 1996 no Brasil. Criadas pela necessidade das consumidoras dinamarquesas e suecas de proteger a pele da exposição nociva ao sol, as cápsulas de Imedeen representam, segundo a empresa, 25% do mercado brasileiro (em valor) de nutricosméticos. Os volumes também vêm crescendo. "Este mercado cresce 17% ao ano", comemora Maristela Fieschi, gerente geral da Ferrosan do Brasil. Para a marca dinamarquesa, o Brasil é a segunda subsidiária que mais vende, atrás apenas do Reino Unido. Em 2011 a marca comemora 20 anos e prepara uma campanha mundial para os produtos.



Uma das maiores empresas de suplementos do País, a Nutrilatina lançou a linha completa de nutricosméticos Rennovee no último ano, com produtos voltados para rejuvenescimento da pele, combate à celulite e emagrecimento. Para o verão, a empresa aposta no lançamento da linha SunGoldenSolution, com pílulas para melhorar o bronzeado e reduzir os riscos de exposição ao sol. As fotos da campanha foram feitas pelo fotógrafo André Schiliró com a top model Larissa Castro, estrela das marcas Guess e Valentino. Intitulada "Pele bronzeada day and night Rennovee", a ação foi criada pela agência Contenido e estará em breve nas principais revistas femininas do Brasil.



Marcas fazem propaganda indireta

A divulgação dos benefícios estéticos dos produtos é um ponto polêmico no mercado de nutricosméticos. Como esta categoria foi instituída pelo mercado e não é reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os produtos são registrados como "novos alimentos" e não como "cosméticos". Por conta disso, as empresas não podem divulgar os benefícios estéticos e cosmetológicos das "pílulas de beleza", segundo informações do órgão. "De acordo com a legislação, o produto cosmético é de uso externo. Nada que seja ingerido ou injetado pode ser enquadrado nesta categoria", explica Christiane Coelho, especialista em regulação e vigilância sanitária da área de cosméticos da Anvisa.



Segundo informações da agência, já foram autuadas diversas empresas por propaganda de alimentos contendo alegações de benefícios estéticos. Uma ação mais antiga é o caso do Imedeen. "Fomos alertados em uma campanha que mostrava a estrutura da pele e falava da produção de colágeno e elastina. A Anvisa não reconhece os benefícios do produto", lembra Maristela Fieschi, gerente geral da Ferrosan do Brasil.



Ações mais recentes também foram autuadas, como as campanhas da linha Rennovee, da Nutrilatina, dos produtos Beautysolution, Timesolution e Liposolution. A divulgação do Linolen (óleo de cártamo em cápsulas) também foi autuada por conta da campanha que dizia: "Linolen ação redutora de gorduras age na região da cintura. Gel-cápsulas que atuam com eficácia na redução da circunferência da cintura". Maria Fernanda Braga, da Nutrilatina, explica que nas campanhas são descritos os ativos e colocadas referências bibliográficas. "Temos anúncios em todas as mídias e estamos com várias peças no ar. O mercado brasileiro nesta área ainda é novo, mas lá fora o setor é bastante reconhecido", diz.
Para evitar atritos com a Anvisa, a Innéov foca a divulgação diretamente em dermatologistas e nos pontos de venda. Já a Ferrosan firmou joint-venture com a Johnson's, para que as equipes da J&J divulguem também a marca Imedeen em suas visitas aos médicos. "Este ano não fizemos campanha. Não conseguimos trabalhar o marketing com a função final do produto. Quando tentamos falar, fomos advertidos pela Anvisa", explica Maristela.

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