quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

alguns pensamentos de final de ano


Procuro uma alegria

uma mala vazia
do final de ano
e eis que tenho na mão
- flor do cotidiano -
é vôo de um pássaro
é uma canção.(Dezembro de 1968)

                                                                 
                            Uma vez mais se constrói
a aérea casa da esperança
nela reluzem alfaias
de sonho e de amor: aliança.
(Dezembro de 1973)

Quem me acode à cabeça e ao coração

neste fim de ano, entre alegria e dor?
Que sonho, que mistério, que oração?
Amor.
(Dezembro de 1985)




Para encerrar, uma receita de Ano Novo dada pelo poeta:




Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,

novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.
Conheça o autor e sua obra visitando "Biografias




http://www.releituras.com/drummond_dezembro.asp







Conheça o autor e sua obra visitando "Biografias
http://www.releituras.com/drummond_dezembro.asp

AFINAL APARENCIA É TUDO ????


ESTE TEXTO NÃO É MEU... MAS BEM QUE EU GOSTARIA DE TER ESCRITO. REPRODUZO NA INTEGRA....SÃO QUESTÕES MERCADOLÓGICAS , DE CONSUMO QUE INFLUENCIAM DIRETAMENTE NOSSAS MENSAGENS PUBLICITÁRIAS
Aparência é fundamental, e daí?


30–12–2009 --- Envie para um amigo --- Tuitar

por Viviane Moreira * – A forma desperta olhares. O que tem forma é para ser visto. O olhar distingue bem a forma. Quem olha remodela com seu olhar a forma. Entre forma e aquele que vê: a aparência. Se a forma não pudesse ser vista… É assim que funciona desde que o homem foi dotado de visão para reconhecer o belo e o feio. Uma bela aparência na nossa sociedade abre portas em diversas esferas. É um fator que favorece socialmente o homem e a mulher. A aparência conta na entrevista de um emprego e aponta um lugar de destaque na sociedade. Entretanto, a fixação da aparência como valor trouxe mudanças nas relações sociais, afetivas e na subjetividade.
A busca desmedida pelo ideal de uma bela aparência tem sido associada a doenças como anorexia, bulimia e ao aumento do número de vítimas de danos estéticos, alguns irreversíveis, causados por intervenções cirúrgicas desastrosas.
Padrões de beleza são incorporados pelo homem, e se modificam. O imaginário compõe a forma da beleza de uma época. O que simboliza a beleza muda com o tempo. Gianecchini não faria sucesso nos tempos de 007, quando as mulheres suspiravam pelo peito farto de pelos do Sean Connery. Na literatura, algumas musas dos Românticos eram alvas e lânguidas, possuíam traços de fragilidade e eram adoradas por serem inacessíveis. As heroínas despertavam amores impossíveis de se consumar. A mulher de hoje inspiraria esse perfil?
O que é ter uma bela aparência qualquer um com senso estético, até uma criança, pode responder, mas quem diz hoje o que é bonito, o que é feio? A mídia, a moda, a ciência e a indústria estética reverenciadas pelo clamor do espetáculo.
Fatores além da permissividade e da passividade explicam a dimensão do culto ao espetáculo: o esvaziamento de ideais, o esvaecimento do pensamento e até da inteligência. Numa cena do filme As Invasões Bárbaras (Denys Arcand), quando os amigos se reúnem para se despedirem do querido amigo Rémy, um deles lamenta: “A inteligência desapareceu.”
Mas se a aparência moldada pelo mercado ordena as relações sociais hoje – e não é exagero dizer que as relações afetivas não ficam fora desse ordenamento -, se os padrões que simbolizam o belo não estão mais sob o domínio do imaginário do sujeito, pois não é tão-somente ele enquanto indivíduo quem os cria, o que lhe resta de autonomia na arte da forma? Esta é uma questão que parece escapar do sujeito narcisista da atualidade.
O homem enquanto ser social precisa se inserir na civilização. Tem que conviver com outros homens. O laço social nos une. Temos que conter nossas pulsões, agressividade, para nos inserirmos na cultura. É a condição da civilização. “Sem as renúncias pulsionais não haveria civilização” (Renato Mezan em Freud, pensador da cultura). Portanto, a cultura requer “economia psíquica do ser humano”. Sem sacrifício das pulsões a cultura não sobrevive. Sem cultura não há política, não há direito, não há sociedade.
Hannah Arendt “detestava a celebridade, mas celebrava o aparecer e o espetáculo”. “Admitia o ‘aparecer’ como uma condição para cada um revelar a sua singularidade e o senso político como um ‘gosto’ de mostrar, de observar, de se lembrar e de contar.” (Julia Kristeva em O gênio feminino – a vida, a loucura, as palavras: Hannah Arendt)
Arendt encontrou em Kant (Crítica da faculdade de julgar) a chave para a sua abordagem do julgamento: a ideia de uma pluralidade de espectadores. Para Kant, “o mundo sem espectadores seria um deserto”. “Sem eles os belos objetos não teriam como aparecer, pois estes são criados pelo julgamento dos espectadores e dos críticos.” O espectador kantiano é interessante “enquanto instância do julgamento”. “O gosto é a particularidade que caracteriza os espectadores e fundamenta a comunicabilidade e o julgamento, por ser o sentido mais singular e o mais partilhável. Prefigura a faculdade de julgar e de discernir o verdadeiro do falso.” “O gosto é intrinsecamente político.”
Com Kant e Arendt aprendemos que o gosto é o nosso sentido mais confiável no exercício de aprovação ou desaprovação. Com ele experimentamos sensações imediatas de prazer ou desprazer que dizem do nosso ser. A comunicabilidade do que agrada ou desagrada é inerente ao gosto. A visão pode nos tapear, a audição também. Pensamos que não ouvimos o que nos desagrada, e acreditamos que ouvimos o que não foi dito, pois preferimos o não-dito ao que não queremos ouvir.
O gosto não permite tais enganos. Um bebê sabe disso e nos “diz” do que gosta e do que não gosta. Se não gostar de um alimento ele reage: regurgita-o. Se insistirmos que coma, ele faz careta, fecha a boca e desata no choro, e fim de papo. Então compreendemos que aquele alimento não foi aprovado. Ele não gostou. Ao agir assim, o bebê exercita suas faculdades de julgamento e comunicação a partir da sensação de desprazer advinda do gosto.
Tenho impressão de que estamos nos descuidando do sentido do gosto. Antenados demais nas cartilhas de bom gosto, nas dicas de certo e errado e nos manuais da boa forma obedecemos aos apelos das tendências do momento com subserviência mecânica. Dependentes do olhar técnico estamos deixando de lado a singularidade do gosto: o que nele é nosso. Assim, abrimos mão do prazer do gosto. E, se estamos levando pouco a sério o gosto, estamos ligando o “piloto automático” para o prazer de viver a vida com os sabores que ela generosamente nos oferece. Estamos franqueando nosso sentido mais privado por onde a vida pulsa de verdade – a troco de quê?
Segundo pesquisas realizadas por especialistas, a ansiedade com as festas de Natal e Réveillon aumenta os níveis de estresse por causa da cobrança de felicidade. Todos temos que parecer felizes, pois não há espaço para a aparência de outro sentimento. É bom não esquecer que viver no conforto do parece-ser pode ter certo fascínio, mas a vida forjada na aparência pode não significar nada.

* Viviane Moreira, Belo Horizonte-MG, não é artista, não é psicanalista, não é filósofa. Blog: videbloguinho.spaces.live.com
fonte: http://www.amalgama.blog.br/12/2009/aparencia-e-fundamental/

VAMOS REFLETIR EM 2010. SOMOS CORPO E MUITA INTELIGÊNCIA. EU ACREDITO NOS MEUS ALUNOS E NO SEU BOM SENSO.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

CAMPANHA CONTRA A ANOREXIA ALEMÃ



A ong alemã Magersucht enviou para grandes nomes da moda um cinto rosa bem dentro da tendência fashion. Cada furo, uma estação do ano: primavera-verão, outono-inverno. O penúltimo furo é em forma de cruz, numa alusão à magreza exagerada promovida pela indústria da moda. No pacote, uma nota explicando como a moda pode influenciar no aparecimento de doenças como a bulimia e a anorexia. A peça criada pela Ogilvy Frankfurt, no entanto, não foi bem recebida pelas celebridades, mas ganhou grande repercussão na mídia alemã. De acordo com a Magersucht, o acesso ao site da instituição aumentou em 25% após a campanha. (Fonte: http://colunistas.ig.com.br/cip/tag/bulimia/acessado em 26 de abril de 2009)

.” Fazer dietas é ser cuidadosa, e se matricular numa clínica de fome é o máximo em cuidado (WOLF, 1992, 289).”
Enfim, são mensagens que merecem um olhar atento da sociedade.
Como nos lembra Joana Novaes: “Impotentes para suportar as faltas, os sujeitos caem no desespero, na tristeza ou se entregam às compulsões. O tempo é o da urgência, e a única saída é “emagrecer rapidamente” – a espera virou sinônimo de desespero (JOANA NOVAES, 2006: 61).”

CAMPANHA CONTRA A BULEMIA ALEMÃ

Em janeiro de 2009, a agência Red Cell da Alemanha, com o objetivo de divulgar o trabalho de apoio e tratamento para mulheres que sofrem com a bulimia, criou um peça publicitária para banheiros femininos de bares, universidades e colégios. A idéia é mostrar às jovens que provocam o vômito para manter a forma que a bulimia tem cura. Foram colocados adesivos estilizados, em forma de vômito rosa, divulgando a ProMaedchen de Dusseldorf, uma instituição que oferece tratamento e suporte a mulheres que sofrem com o problema.(Fonte: http://colunistas.ig.com.br/cip/tag/bulimia/ acesso em 22 /04/09).


TAMBÉM A PUBLICIDADE PODE AUXILIAR NO PROBLEMA.!!!!

Anorexia, a bulimia e as fixações na ginástica descarregam e amortecem a frustração da clastrofobia que acompanha a triste conscientização pela garota de que o mundo não é como ela imaginara e o que ela acabara herdar está fechado(NAOMI WOLF, 1992:87).

Campanha theca contra a anorexia


Há também um anúncio tcheco, veiculado em 2007, entitulado “Perfect girl. Treat with Caution, low durability” – Garota perfeita. Trate com cuidado, curta durabilidade – que tem como imagem a figura da boneca “Barbie” magérrima com uma aparência de anoréxica dentro de um esquife rosa. Essa boneca foi chamada de Anabell, uma organização tcheca de apoio às pessoas com distúrbios alimentares como bulimia – forçar o vômito após as refeições – e anorexia – deixar de comer por achar-se obeso –. A “Perfect Girl” reproduz as conseqüências de se adotar os padrões estético

Disponível em: http://colunistas.ig.com.br/cip/tag/bulimia/> acesso em 22 /04/09 s de magreza extrema.

Criadas para competir, desde as suas recordações da mais tenra infância, elas associarão a feminilidade com a privação. A fome já está sendo erotizada para as meninas de hoje como uma porta para a sexualidade adulta (NAOMI WOLF, 1992, 286).

Campanha da MTV sueca contra a anorexia


uma campanha sueca de 2006, idealizada pela Organização contra Anorexia e Bulimia da Suécia, que mostra de uma forma realista o problema da anorexia serve também de alerta para quem sofre da doença mas ainda não buscou tratamento. O filme publicitário, exibido na MTV sueca, traz o depoimento trágico de uma modelo anoréxica, olhando no espelho e se vendo cada vez mais gorda. A garota realmente sofre de anorexia e sua participação no vídeo fez parte da sua terapia para a recuperação.







Disponível em: http://www.sindromedeestocolmo.com/archives/campanhas_publicitarias.html,>

acesso em 27/09/07

A anatomia aqui tem um valor de destino... Apenas sua presença já gera um imcomodo, uma desordem na situação das interações sociais mais comuns. O emaranhamento fluido da palavra e do corpo, da distância e do contato com o outrodepara com a opacidade real ou imaginária do corpo e suscita um questionamento angustiado sobre o que convem ou não fazer (LE BRETON, 2007:87)

REAÇÃO PUBLICITÁRIA CONTRA ANOREXIA E BULEMIA




Deve-se reconhecer que alguns movimentos em favor da saúde das modelos têm ocorrido, mas ainda ocupam um pequeno espaço no calendário do mundo fashion. Em setembro de 2007, cinco modelos tiveram sua participação vetada em Madri, por causa de seu peso. Elas tinham um Índice de Massa Corpórea (IMC)12 inferior a 18, sendo que o ideal equivale a cinqüenta e seis quilos para 1,75 cm de altura. Já na Inglaterra, as modelos devem apresentar um atestado médico para comprovar que elas não sofrem de distúrbios alimentares, segundo uma recomendação do Conselho de Moda Britânico. No entanto, o relatório do Inquérito sobre a Saúde das Modelos, iniciado em março de 2007, não chega a recomendar a proibição das chamadas modelos tamanho zero (o equivalente ao tamanho 32 no Brasil) nas passarelas. Durante a Semana da Moda em Milão, também em setembro de 2007, uma campanha publicitária italiana, criada pelo fotógrafo Oliviero Toscani – conhecido por suas propagandas polêmicas para a marca Benetton nos anos 80 e 90, com imagens marcantes e inquietantes, abordando temas como Aids, guerra e racismo, entre outros – chocou modelos e estilistas europeus. Nas ruas, um outdoor estampava uma modelo nua, que pesa apenas 31 quilos, com o título: “Não Anorexia”. Segundo Toscani (2007) essa campanha foi um marco na publicidade da moda européia, pois poucos clientes têm a coragem de fazer uma mensagem tão agressiva. Para o fotógrafo, se pode fazer algo interessante e tirar vantagens econômicas ao mesmo tempo. A publicidade contou com o aval do Ministério da Saúde, pois cerca de dois milhões de italianos sofrem de anorexia e bulemia. Porém após uma semana de veiculação nas ruas, o outdoor foi retirado, com o argumento que a imagem agredia sociedade. O principal jornal da Itália – Corriere Della Sera – se recusou a publicar a foto. Na França, os outdoors foram vetados. A justificativa era de que a imagem era imoral. No mesmo período a estilista Rafaella Curiel, participante da semana de moda em Roma, dispensou quinze modelos por excesso de magrezas. Ela justificou que trabalha com o tamanho 42 e recebeu modelos de tamanho de 36. No final de 2006, o governo italiano, a Federação da Moda italiana e a Associação Alta Moda - que reúne os estilistas italianos que apresentam suas coleções em Roma e Milão - adotaram o chamado "Manifesto anti-anorexia", a fim de "impor um modelo de beleza saudável, generoso e mediterrâneo", que proíbe contratar modelos menores de 16 anos e apresentar certificados médicos sobre a não existência de problemas alimentares. Segundo a imprensa italiana a propaganda de Toscani gerou opiniões favoráveis na moda italiana: "Finalmente alguém fala a verdade. Porque a anorexia não é um problema só da moda e sim psiquiátrico", afirmaram os estilistas Dolce e Stefano Gabbana. Para o estilista Giorgio Armani "as campanhas, com imagens tão cruas e duras, foram justas e oportunas". "Aplausos para Oliviero Toscani, sua campanha é muito eficiente", declarou a ministra italiana para Assuntos Europeus, Emma Bonino. A ministra da Saúde, Livia Turco, reiterou seu apoio a idéia do fotógrafo, o qual sacudiu o mundo nos anos 90 com suas fotos de doentes portadores de Aids. A campanha, no entanto, foi criticada por médicos e associações de enfermos. "Isso é fazer publicidade com os padecimentos dos doentes", comentou Emilia Costa, diretora de um centro de assistências para pessoas com problemas alimentares. "Não sabemos o efeito que pode gerar essa propaganda", estimou Fabrizio Jacoangeli, endocrinologista. O especialista teme que a campanha acabe por desencadear entre os jovens que sofrem de anorexia uma espécie de corrida para parecer em fotos e revistas de todo o mundo

A imagem da modelo francesa Isabella Caro, de 27 anos, feita por Toscani, autor por anos de impressionantes campanhas para a marca Benetton, convida a refletir sobre o atual modelo de beleza que domina o mundo feminino.
 (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ , acesso em 25/09/07).


2008 também teve campanha contra direção e bebida...

19/12/2008 - 08:32:39

Saúde faz campanha contra mistura álcool e direção em bares e estradas
A Secretaria de Estado da Saúde inicia neste final de semana uma operação em bares e rodovias de São Paulo para alertar motoristas sobre os sérios riscos que envolvem a mistura entre álcool e direção. O objetivo é orientar a população a evitar os excessos e não dirigir sob nenhuma hipótese após ter ingerido qualquer quantidade de bebida alcoólica.
Cerca de 300 mil folhetos de orientação serão distribuídos em pedágios das estradas administradas pela Dersa e Nova Dutra. Outros 10 mil serão entregues aos freqüentadores de bares na Vila Madalena, Vila Olímpia, Itaim, Vila Mariana e Vila Nova Conceição. Nas rodovias a operação acontece nos dias 20, 21, 27 e 28 de dezembro. Já os bares serão visitados a partir desta sexta-feira, dia 19.
Haverá, ainda, distribuição de 10 mil cards com os mesmos alertas a 50 estabelecimentos em diversos bairros da cidade, entre academias, escolas, cafés, bares e faculdades.

O folheto da campanha imitará a propaganda de um filme fictício intitulado “Velozes e Inconseqüentes – Bebida e direção na vida real não têm final feliz”. A campanha irá focar o fato de todos os anos centenas de pessoas morrerem em acidentes provocados por motoristas alcoolizados, alertando que essa conduta caracteriza crime grave e que pode custar a própria vida ou de familiares e amigos.


Nesta época do ano as pessoas realizam mais confraternização, e tendem a beber mais por conta das festas de final de ano. Por isso é importante reforçar a orientação de não dirigir nem mesmo depois de uma única lata de cerveja”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.


Da Secretaria da Saúde


fonte: http://unisite.com.br/Geral/22124/Saude-faz-campanha-contra-mistura-alcool-e-direcao-em-bares-e-estradas.xhtml

nÃO É DE HOJE QUE EXISTEM CAMPANHAS DONTRA DIREÇÃO E BEBIDA


20 de Dezembro de 2007 - 19h43 - Última modificação em 20 de Dezembro de 2007 - 19h43
Campanha contra abuso de bebida alcoólica no fim de ano quer evitar mortes no período
Irene Lôbo

Repórter da Agência Brasil
Valter Campanato/ABr
Brasília - Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, José Carvalho de Noronha, e ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante lançamento da Campanha Contra Abuso de Álcool no Fim de Ano
Brasília - A combinação bebidas alcoólicas e maior fluxo de veículos durante as festas de fim de ano é responsável pelo aumento médio de 20% no número de acidentes de trânsito e causa 36 mil mortes por ano no país, segundo o Ministério da Saúde.
Por esse motivo, a pasta lançou hoje (20), em parceria com o Ministério das Cidades, uma campanha publicitária contra o abuso de bebida alcoólica nesse período do ano.
As peças serão veiculadas até 15 de janeiro em emissoras de televisão, rádios, jornais, revistas, no cinema e na internet, com dois slogans:
"Não esqueça que você faz falta para a sua família. Se beber, não dirija" e "Não esqueça que você faz falta para seus amigos. Se beber, não dirija".
A campanha quer atingir principalmente o público com idade entre 18 e 24 anos - faixa etária que, segundo uma pesquisa da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), concentra o maior consumo de bebida alcoólica no país.
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgado ontem, mostra que dos quase cinco mil voluntários entrevistados que declararam ter bebido acima dos limites da lei metade já se envolveu com algum acidente de trânsito.
fonte http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/12/20/materia.2007-12-20.5098066547/view

cRITICA A PROPAGANDAS DE BEBIDAS E COPA

4 de outubro de 2009


Crítica: bebidas e ética na mídia da Copa


este tExto foi encontrado no blog O POETA - FONTE: http://bru-eumesmo.blogspot.com/2009/10/critica-bebidas-e-etica-na-midia-da.html E VALE A PENA REFLETIR SOBRE O ASSUNTO, AFINAL 2010 ESTA AI.


Considerada internacionalmente como um grave problema de saúde pública, a associação do consumo de álcool com festas nacionais ou mundiais (como a Copa do Mundo) está sendo criticada pela Organização Mundial de Saúde e também por especialistas brasileiros, que apontam a irresponsabilidade da propaganda nacional ao descumprir sua auto-regulamentação. Mesmo os alvos de toda essa campanha publicitária também reclamam, principalmente via Internet, dos excessos cometidos pelos publicitários, bem como do desrespeito aos hinos e símbolos nacionais de vários países cometido por programas de televisão.
Uma reunião técnica promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em Valência, Espanha, de 7 a 9/5/2002, dedicou-se a analisar a situação de mercadologia e promoção de bebidas alcoólicas para os jovens. Participaram dessa reunião 50 pessoas de 22 países, entre especialistas em mercadologia, saúde pública e comunitária, jovens dedicados à prevenção de abuso de substâncias e outros.

Aspectos do assunto discutidos nessa reunião incluíram evidências dos efeitos da propaganda de álcool sobre os jovens, práticas da indústria de álcool para promover seus produtos, o uso da Internet como instrumento de mercadologia, o impacto dos acordos de comércio globais na regulamentação da propaganda e outros.

Os técnicos reunidos nesse encontro produziram uma declaração sobre a situação global da propaganda de álcool e ações a serem tomadas. Esse documento declara que jovens, no mundo todo, vivem em ambientes caracterizados por esforços agressivos e intensos, feitos de uma forma muito bem organizada pela indústria de bebidas, para encorajar os jovens a iniciar o beber e que bebam pesadamente. No Brasil, a propaganda de álcool confirma plenamente essa afirmação, seja no uso praticamente exclusivo de modelos jovens para vender seus produtos, seja no desenvolvimento de novos produtos alcoólicos claramente voltados ao público jovem.

Ainda segundo o documento da OMS, exemplos do mundo inteiro atestaram que a indústria de álcool se vale cada vez mais de associar seus produtos com eventos esportivos, musicais e culturais, promoções baseadas na Internet e outros esforços para apresentar as bebidas alcoólicas como uma parte normal e integral das vidas e da cultura dos jovens.

E o fato é que as pesquisas apontam que os jovens tendem a responder a essa mercadologia agressiva de uma forma emocional, mudando suas crenças e expectativas em relação ao beber. Ou seja, a exposição e a apreciação que os jovens desenvolvem pelas propagandas do álcool acabam produzindo um beber mais freqüente e pesado por esse grupo populacional. A mercadologia contribui para os jovens acharem que o beber pesado é bem freqüente e essa percepção acaba criando um clima de que esse tipo de beber seja considerado normal.

O encontro da OMS também concluiu que as respostas atuais mais utilizadas mundialmente são insignificantes e inadequadas, e têm servido muito pouco para, de fato, controlar a mercadologia de bebidas alcoólicas. Em particular, a auto-regulamentação por parte dos publicitários dessa área é ineficaz. A natureza global da mercadologia requer uma resposta de nível internacional, acompanhada por esforços locais, regionais e nacionais. Dessa maneira, o documento desse encontro faz uma série de recomendações gerais à OMS, entre as quais destacam-se:



1) Tendo em conta os danos inerentes à exposição dos jovens a mercadologia do álcool e o fracasso geral da indústria do álcool na sua auto-regulamentação para limitar a mercadologia voltada aos jovens, recomenda-se que os países adotem medidas regulatórias e legislativas necessárias para assegurar que os jovens não sejam expostos às mensagens promocionais sobre o

álcool;



2) Tendo em conta que a indústria do álcool alcançou um alto nível de sofisticação no uso dos meios de comunicação para atrair e estimular os jovens a consumir bebidas alcoólicas, recomenda-se que os países aumentem a conscientização sobre essas técnicas e como desenvolver as melhores técnicas nos programas de assessoria aos meios de comunicação e contra-propaganda, assim como que estas práticas se implementem independentemente de interesses comerciais e com a participação e liderança dos próprios jovens;



3) Tendo em conta a importância das perspectivas dos jovens sobre este problema e a criatividade e conhecimento únicos que possuem sobre essa situação, recomenda-se que os jovens tenham um papel central no trabalho para liberar sua geração das ilusões criadas pela mercadologia e as promoções associadas ao álcool.
 
ESTA EM NOSSAS MÃOS CAMPANHAS MAIS CONSCIENTES....

domingo, 20 de dezembro de 2009

GUERREIROS OU BRAMEIROS ... PARABENS GIORGETTI


Domingo,, 13 de Dezembro de 2009

Guerreiros ou brameirO

Ugo Giorgetti



Não sei por que ando pensando muito num comercial da Brahma que andou, ou anda, pelas televisões. De fato ele não me sai da cabeça. Fiquei tão intrigado que recorri até ao site do Clube de Criação de S.Paulo, onde não só o encontrei na íntegra, como tive a surpresa de encontrar também declarações do diretor de marketing da Brahma que, por sua vez, vieram aumentar meu assombro. Queria, logo de início, pedir licença ao diretor da empresa para refutar uma de suas declarações. Diz ele: "Com a campanha não queremos impor nada a ninguém. Queremos apenas ser porta-vozes do povo brasileiro." Bem, meu porta-voz esse comercial não é, isso eu posso garantir. E, espero, também não seja de boa parte do povo brasileiro. Para quem não sabe, o comercial descreve a atitude ideal do torcedor brasileiro em relação à Copa do Mundo que se aproxima.

Consta de uma sucessão de imagens bélicas e melodramáticas, onde supostos torcedores carrancudos, gritam, choram e batem no peito. Para deixar ainda mais claro a observadores menos atentos que o que se espera realmente são guerras e batalhas, mistura essas cenas com outras, fictícias, devidamente produzidas e filmadas, de um grande exército medieval em ação
Se as imagens falam por si, o pior é o som. Vozes jovens alucinadas urrando palavras de ordem num tom ameaçador, histérico, a lembrar manifestações das mais radicais e intolerantes agrupamentos que, infelizmente, existem no interior de qualquer sociedade. Eu me permito transcrever algumas das frases vociferadas: "Eu queria que a seleção fosse para a Copa, como quem vai para uma batalha!" "Eu quero guerreiros!", "Vamos para a guerra juntos! 180 milhões de guerreiros!" "Sou guerreiro!" No final do filme, num golpe de surrealismo que faria as delícias de Luis Buñuel, o locutor, contrariando o tom anterior de toda a mensagem, recomenda sabiamente: "Beba com moderação."

O diretor de marketing da Brahma, no mesmo site do Clube de Criação continua: "A mensagem que queremos passar ao torcedor é que, além de ser a primeira marca brasileira a patrocinar oficialmente uma Copa do Mundo, o desejo da Brahma é despertar a atitude guerreira da seleção em todos os 190 milhões de brasileiros."
Com todo o respeito que tenho pela Brahma, cuja publicidade acompanho, até por dever de ofício, há mais de quarenta anos, e que me pareceu sempre celebrar a alegria e a irreverência popular, essas declarações inspiram alguns comentários.
O que eu espero da seleção é que jogue bola. Acho que o que nos derrotou em 2006 não foi a falta de guerreiros, mas foi o Zidane, que não era exatamente um guerreiro. Quanto aos 190 milhões, espero que honrem nossa tradição de saber perder, como fizemos em 1950 em pleno Maracanã, ou como fizemos em 1982, encantando o mundo. O resto é apenas apelar para o que há de pior na sociedade brasileira. Que é o que faz esse equivocado comercial dessa grande empresa. E de repente, a razão pela qual penso nele com tanta freqüência me aparece claramente: é que, de certo modo, o confundo com as cenas reais que aconteceram no estádio do Curitiba domingo passado. Ao revê-las me ocorre uma pergunta: os torcedores que, ensandecidos, fizeram o que fizeram no Paraná seriam "guerreiros" ou "brameiros"? Ou os dois? Infelizmente não foi possível alertá-los para invadirem e quebrarem tudo "com moderação".

CADERNO DE ESPORTES DOMINGO 13/12

O Futebol Brasileiro precisa rever seus torcedores

O texto abaixo deve ser lido e refletido por todos que  gostam e  investem em futebol.  As duas ações ocorridas no final de ...