sábado, 17 de abril de 2010

Comunicação Interativa e Cibercultura

Cyberspace e os sujeitos da interatividade



Posted by CME
Posted in Baudrillard , cibercultura , ESR , Martins
Posted on Sexta-feira, Abril 16, 2010
Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação


Agosto, 2007

Francisco Menezes Martins

Professor do PPGCOM – UTP

Líder de Pesquisa do Grupo de Tecnologias do Imaginário – PUCRS/UTP

Membro do Conselho da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Cibercultura – Abciber

Doutor em Comunicação – UCM/Espanha



Resumo: O texto considera o discurso da comunicação uma das fábulas que

acompanha o sujeito, após o crepúsculo da metafísica. Para tal, aborda as

relações entre a cibercultura e o pensamento contemporêneo através das

trilhas e rastros das possibilidades interativas na internet.



Palavras-Chave: Cibercultura – Comunicação - Internet



(...)

Se a comunicação no advento do cyberspace escapa às linhas de pesquisa, recorramos às redes de pesquisa, e, mais ainda, às redes de idéias. A virulência descrita por Jean Baudrillard deve ocorrer também no sentido de ampliarmos as órbitas da circulação do saber na efervescência de nossas discussões.

(...)

É verdade que nem tudo está no Cyberspace, mas é certo que através das

superfícies da era do virtual (cyberspace, redes e telas), a cultura dita pós-moderna

reverbera em ambos os lados da tela. Partindo da idéia de que a comunicação é a

busca do duplo, vemos na visão de Baudrillard os sintomas descritos em O Crime

Perfeito (Baudrillard, 1996) de que o mundo engoliu seu duplo, no êxtase da

comunicação da era do simulacro.Além disso, para Baudrillard o mundo é uma tela

total:



“Vídeo, tela interativa, multimídia, internet, realidade virtual: a

interatividade nos ameaça por toda parte. Por tudo mistura-se o que

era separado; por tudo a distância é abolida: entre sexos, entre os

pólos opostos, entre o palco e a platéia, entre os protagonistas da

ação, entre o sujeito e o objeto, entre o real e seu

duplo.”(Baudrillard,1997, p.145)



A reflexão de Baudrillard remete às idéias em sintonia com o contexto do

receptor na internet, leva a estudos que analisam as fusões comunicacionais, que à

guisa de polêmica amigável, são marca registrada do simulacro, fruto da acidez

irônica do pensador Baudrillard, que não entende o apocalipse, nem tampouco a

“lenda tecno-rosada” da era digital, mas compreende que até poucos anos



“las oposiciones sujeto/objeto y público y privado todavía tenían

sentido. Esta era la época del descubrimiento y exploración de la

vida diária, y la otra escena emergía a la sombra de la escena

histórica.(..) Pero hoy ya no existen la escena y el espejo. Hay en

cambio, una pantalla y una red. En lugar de la transcendencia

reflexiva del espejo y la escena, hay una superfície no reflexiva, una

superfície inmanente donde se despliegan las operaciones, la suave

superfície operativo de la comunicación.”(Baudrillard in Foster,

1988, p.188)



Já não se pode considerar valores dogmáticos e cristalizados como

referências de uma verdade elevada a partir da antiga questão platônica do mundo

verdadeiro, que Nietzsche procurou golpear com seu martelo nihilista na obra O

Crepúsculo dos Ídolos, e que orientou o pensamento para uma superação da

metafísica, a partir de Heidegger e com extensões a Gilles Deleuze, Jean-François

Lyotard, Michel Foucault, Jacques Derrida, Michel Maffesoli, Jean Baudrillard e

Gianni Vattimo, entre outros.
http://elearninghoje.blogspot.com/2010/04/cyberspace-e-os-sujeitos-da.html

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