sexta-feira, 25 de junho de 2010

Cidades francesas veem mau exemplo e cancelão o telão da COPA

sexta 25 junho 2010 . 16:22 . Atualizado às 16:07




http://d24am.com/esportes/copa-2010/cidades-francesas-veem-mau-exemplo-na-selecao-e-cancelam-telao/1588
21 Jun 2010 . 15:39 h . Agence France Presse . portald24am@gmail.com

Patrocinadores também estão preocupados com a repercussão da péssima campanha da equipe na Copa do Mundo.
Autoridades de duas pequenas cidades francesas resolveram deixar os moradores de castigo e os proibiram de ver televisão, pelo menos na hora do jogo desta terça-feira. E pior: quem aprontou nem foram eles, mas os jogadores que pegam a África do Sul em jogo decisivo em Bloemfontein
"O comportamento de vários jogadores da França é uma falta de respeito com treinadores, voluntários, professores e torcedores que todos os dias se esforçam na defesa por respeito, jogo limpo e superação", esbraveja Laurent Lafon, prefeito de Vincennes, com 45 mil habitantes. "O comportamento atual da equipe da França não serve de modelo nem referência aos franceses", dispara.



Em Anzin-Saint-Aubin, com 2.900 moradores, o plano era fazer uma grande festa, também com transmissão, mas se cancelou tudo. "Concluímos junto com os professores que é inadmissível o comportamento de certos membros da equipe francesa, que insultam o treinador com uma agressividade como nunca se viu", afirmou o prefeito David Hecq.



Patrocinadores viram vítimas



A má fase, com a eliminação a um passo e a sucessão de escândalos, preocupam muito os patrocinadores oficiais da seleção francesa de futebol, que temem ter a imagem arranhada por um Mundial até o momento catastrófico para o país.



Desde a derrota contra o México na quinta-feira, tudo vai de mal a pior: escândalo de insultos ao técnico, expulsão de Nicolas Anelka por esse assunto, greve do time no domingo em protesto...



Nesta segunda-feira, o banco Crédit Agricole suspendeu sua campanha com a imagem dos "Bleus", após a tempestade.



Os demais patrocinadores, como a companhia de telefonia SFR, a rede de supermercados Carrefour e o grupo energético GDF-Suez, também seguem de perto a "novela" e veem com temor uma possível eliminação na terça-feira ainda na primeira fase.



Algumas empresas, conscientes de que os problemas de imagem dos "Bleus" podem persistir, decidiram por precaução limitar o uso de seus direitos, para evitar que sejam muito atingidos em caso de novas "tsunamis".



"Os patrocinadores compraram o direito de explorar a imagem da equipe da França, mas poucos utilizaram esses direitos", disse Frédéric Bolotny, economista especializado em esporte.



Um exemplo claro é o da SFR, que em plena Copa do Mundo optou por usar em sua nova campanha a imagem de outro atleta, o jogador de basquete Tony Parker, dos San Antonio Spurs, da liga americana (NBA).



"É como se você tivesse um carro muito bonito, que custou muito caro, e o deixasse garagem porque utilizá-lo seria provocador", explica Bolotny.



Após o "caso Anelka", algumas empresas, temendo ter sua imagem danificada, decidiram distanciar-se abertamente.



A rede de fast-food Quick anunciou no domigno a retirada de seus cartazes publicitários nos quais aparecia Anelka com um de seus hambúrgueres.



Um dia depois, a marca de batatas fritas Pringles, propriedade da gigante americana Procter and Gamble, seguiu seus passos com os produtos comercializados com a imagem do jogador.



No mesmo dia, Crédit Agricole decidiu deixar de emitir sua propaganda televisiva, dado o "contexto" atual.



O grupo bancário informou que não pensou em romper seu contrato com a Federação Francesa (FFF), com quem renovou para os próximos quatro anos.



A GDF-Suez, que mostrou-se incomodada com o escândalo deste fim de semana, afirmou à imprensa que não descarta denunciar o caso por certas cláusulas de seu contrato com a FFF.



Já o Carrefour afirmou que não tem a intenção de "modificar o dispositivo comercial" iniciado devido à Copa (distribuição de ímãs com o rosto dos jogadores, ofertas promocionais...);



"O Carrefour sempre apoiou a seleção francesa, nos momentos bons e nos difíceis", disse a empresa.



A marca esportiva Adidas, patrocinadora oficial da França e de outros onze times na competição, continuará com sua campanha no país europeu, com Yoann Gourcuff como principal estrela.
Seu presidente, Herbert Hainer, reconheceu nesta segunda-feira que "do ponto de vista do futebol, não é muito positivo o que se passa com a seleção francesa", mas não deu importância às previsões de que as camisetas do time ficarão "encalhadas" nas prateleiras devido aos problemas e à uma possível eliminação prematura (entre 200 e 300 mil camisas, segundo as estimativas).
O contrato com a FFF termina no fim do ano, e por isso a Adidas "havia limitado (a produção) e ajustado os estoques", explicou.A americana Nike será sua sucessora e deverá se preocupar com o futuro da seleção francesa: a FFF conseguiu um grande contrato de 42 milhões de euros por temporada, durante oito anos.

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